O estado do Rio Grande do Sul recebeu um empréstimo de 280 milhões de dólares do Banco Mundial para fortalecer a gestão fiscal e aperfeiçoar o seu sistema de administração de recursos hídricos. Essa ajuda financeira, anunciada no final de junho, ajudará no controle das secas para incentivar a produção agrícola e o crescimento econômico no estado.
Ao longo da metade da última década, o estado foi afetado por
intensas e contínuas secas, sendo que a mais grave ocorreu em 2012 e
afetou 1,8 milhão de pessoas. Esses eventos causaram grandes danos
ao desenvolvimento e à produção agrícola do Estado, onde o
agronegócio responde por 30% do PIB. No entanto, questões fiscais
impedem o Estado de realizar os investimentos necessários para
minimizar o impacto do índice irregular de chuvas, o que restringe o
potencial de crescimento da economia e diminui a receita fiscal.
“Estamos sempre em busca de novas ferramentas para qualificar
a gestão em todas as áreas”, afirmou Tarso Genro, governador do Rio
Grande do Sul. “Ao estabelecer mais esta parceria com o Banco
Mundial, seremos ainda mais eficazes na gestão fiscal, que tem
reflexões diretos na melhor prestação de serviços aos cidadãos e
cidadãs do Rio Grande do Sul.”
Com relação à gestão fiscal, o empréstimo apoia o
aperfeiçoamento das políticas associadas ao gasto tributário, à
arrecadação de impostos atrasados, às aquisições públicas, aos
relatórios de custos e aos passivos contingentes. Na área de
recursos hídricos, o projeto respalda a promoção da agricultura
irrigada sustentável, adaptando o programa de irrigação Mais Água,
Mais Renda às políticas de gestão dos recursos hídricos.
“O Rio Grande do Sul fez um grande esforço para melhorar os
seus sistemas fiscais e a oferta de serviços. Este novo projeto
fortalecerá a capacidade do Estado para investir em uma área que é
essencial ao seu crescimento”, afirmou a diretora do Banco Mundial
para o Brasil, Deborah L. Wetzel. “Acreditamos que este empréstimo
poderá ampliar ainda mais as oportunidades econômicas para a
população do Estado, especialmente as camadas mais pobres, que são
mais afetadas pela falta de uma gestão hídrica eficiente.”
Fonte: ONU Brasil.