O Brasil não deverá ter mais lixões a céu aberto em funcionamento a partir de 3 de agosto. Contudo, há aproximadamente uma semana do prazo, pode-se dizer que essa meta não será atingida.
A
Confederação Nacional dos Municípios já pediu que esse prazo seja
prolongado, mas o Ministério do Meio Ambiente anunciou que não irá
fazê-lo. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que
determina o fim dos lixões, foi sancionada em 2010 e, até agora,
cerca de 3.000 dos mais de 5.500 municípios brasileiros não
cumpriram a meta.
O Brasil, que é o quarto maior gerador de lixo
do mundo, desperdiça R$ 8 bilhões por ano por não reciclar. “Menos
de 10% dos municípios brasileiros apresentaram plano de
gerenciamento compartilhado dos resíduos”, destaca Sebastião Carlos
dos Santos, presidente da Associação de Catadores de Material
Reciclável do Jardim Gramacho (RJ) e Consultor do Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID).
A situação mais crítica
no país é a do Lixão da Estrutural, em Brasília, o maior da América
Latina, um terreno com o tamanho de 170 campos de futebol e uma
montanha de lixo de 50 metros de altura, onde cerca de 2.000
catadores de material reciclável trabalham 24 horas por dia.
Carlos Silva Filho, diretor-presidente da Associação Brasileira de
Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), concorda
que a sociedade, em geral, está mais interessada em discutir temas
relacionados à destinação adequada do lixo. Para ele, porém, os
políticos demoraram a se dar conta da importância do tema. “Muitos
administradores públicos têm a visão de que a questão dos resíduos
sólidos é secundária. Na visão deles, desativar um lixão e
implementar coleta seletiva não tem capital político, não traz voto,
nem tira. E isso fica em segundo plano”, afirmou ao jornal O Globo.
Silva Filho cobra maior engajamento da sociedade. “A lei prevê
avanços que devem ser conjugados entre as indústrias, os municípios
e os cidadãos. Se o cidadão produz menos lixo e separa o material,
também está ajudando.”
Para os municípios que não cumprirem a
lei, poderá ser aplicada uma multa entre R$ 5.000 e R$ 50 milhões,
dependendo do impacto real ou potencial que o lixão possa causar.
Esses e outros pontos relacionados à gestão de resíduos sólidos e à
limpeza pública serão discutidos na RWM Brasil 2014, o mais
relevante evento mundial totalmente focado nesses temas. O evento
vai realizar-se nos dias 9 e 10 de setembro de 2014, no Transamérica
Expo Center, em São Paulo.
A feira reunirá empresas de diversos
países num único local para os dois mais significativos e
importantes congressos mundiais sobre limpeza pública, resíduos
sólidos, sustentabilidade e meio ambiente: o ISWA World Congress,
promovido anualmente pela International Solid Waste Association
(ISWA), e o IPLA Global Forum, organizado pela Parceria
Internacional para a Expansão dos Serviços de Gestão de Resíduos de
Autoridades Locais (IPLA), programa mantido pela Comissão das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (UNCSD).
Esses eventos
têm como objetivo compartilhar experiências, buscar oportunidades e
debater as tendências para uma gestão de resíduos que atenda
integralmente as disposições da Lei 12.305, que instituiu a PNRS,
cujo prazo estipulado para adequação se encerrará ainda este ano.
Para mais informações sobre a RWM Brasil, o ISWA e o IPLA Global
Fórum acesse o site www.rwmbrasil.com.br ou clique
aqui para fazer sua inscrição.
SERVIÇO
O quê: Feira RWM
Brasil 2014, com dois congressos mundiais – o ISWA World Congress e
o IPLA Global Forum;
Quando: 9 e 10 de setembro de 2014;
Local: Transamérica Expo Center;
Endereço: Av. Dr. Mário Vilas
Boas Rodrigues, 387 – Santo Amaro, São Paulo (SP);
Mais
informações: Pelo site www.rwmbrasil.com.br.
Para fazer sua pré-inscrição, clique
aqui.
Fonte: Instituto Ethos.