06/06/2016 Seminário de sustentabilidade na ENGIE Tractebel debate as questões climáticas e promove os ODS

Seminário de sustentabilidade na ENGIE Tractebel debate as questões climáticas e promove os ODS

Julio Cesar Lunardi abriu o evento destacando a importância de propagar os ODS. Fotos: Expressão.

Evento realizado em Florianópolis na sede da ENGIE Tractebel nos dias 1º e 2 de junho teve o objetivo principal de disseminar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pela ONU. O Diretor Administrativo e Coordenador do Comitê de Sustentabilidade da ENGIE Tractebel Energia, Julio Cesar Lunardi, abriu o seminário e destacou que metas importantes estabelecidas pelos Objetivos do Milênio (ODM) mudaram a realidade do planeta, baseados em indicadores e resultados consistentes. Lunardi ressaltou a importância de propagar os conceitos dos ODS para o envolvimento e debate da sociedade brasileira, com o objetivo de cumprir as metas estabelecidas pela ONU até 2030.

 

Zaroni encerra ciclo comemorando resultados ambientais

Manoel Arlindo Zaroni Torres, Presidente da ENGIE Tractebel, abriu seu discurso com ar de despedida. Num processo de sucessão programado, Zaroni deixará a presidência no dia 30 de junho após 17 anos à frente da companhia. Nesse período, foi eleito o 4º melhor presidente de empresa da América Latina e o 29º melhor do mundo pela revista Harvard Business Review. Ele será sucedido pelo economista Eduardo Antonio Gori Sattamini, atual diretor financeiro da empresa.

 

“Cuidamos muito bem do meio ambiente”, ressaltou Zaroni, que listou as inúmeras ações ambientais da companhia, como reciclagem, lixo zero e o plantio de mais de 1,5 milhão de árvores ao redor das usinas da ENGIE Tractebel. Ressaltou que o desenvolvimento sustentável é um conceito que norteia todas as ações da empresa, que sempre se preocupou em trazer um retorno para sociedade brasileira. Também mostrou sua indignação, como cidadão, ao ver as pessoas jogarem lixo no chão. Presidente de uma das maiores empresas do Brasil, ele mesmo recolhe o lixo, em silêncio, para dar o exemplo e deixar pessoas constrangidas. Zaroni acredita que a sociedade não pode aceitar passivamente mais esse tipo de agressão ao meio ambiente.

 

Participante de duas COPs, jovem promove engajamento pelo clima

Em seguida, representando o olhar da juventude sobre os Objetivos do Milênio, palestrou Alícia Amâncio. Apesar de apenas 19 anos, a jovem participou de duas conferências do clima promovidas pela ONU. Com 17 anos, foi a única menor a participar da COP 20, sendo recebida pela Ministra do Meio Ambiente com outros brasileiros. Percebendo a falta de conhecimento dos jovens sobre as negociações do clima, foi uma das fundadoras da ONG Engajamundo, que visa despertar o interesse das pessoas nas políticas internacionais. “O clima está mudando, matando pessoas, precisamos nos engajar”, ressalta Alícia. “Somos parte da solução, seja você também”, finalizou.

 

Meteorologista, Puchalski alerta para as mudanças do clima

Com uma visão técnica, Leandro Puchalski, da RBS TV, deu uma verdadeira aula sobre meteorologia. Contou que a ciência, baseada em aplicações da física e matemática, surgiu para auxiliar as estratégias de guerra. Citou Alexandre, o Grande, e Napoleão como personagens que foram influenciados historicamente pelas previsões meteorológicas. Utilizada na Primeira Guerra Mundial, as previsões eram informações totalmente sigilosas, protegidas dos exércitos inimigos. Já o ataque que culminou com o final da Segunda Guerra mundial foi orientado pelos meteorologistas, que influenciaram a decisão sobre a invasão da Europa, através da França, visando conquistar a Alemanha. Chovia muito na época e havia uma pequena chance de o tempo ficar claro por algumas horas e permitir o desembarque das tropas. Previsão acertada, o tempo ficou claro o tempo suficiente para os aliados invadirem a França com sucesso.

 

Puchalski também falou sobre as mudanças climáticas. Disse que as energias limpas ainda são praticamente insignificantes no planeta. Criticou o aumento do índice de CO² na atmosfera, resultado do desmatamento e da ação humana. Disse que o aumento da temperatura global gera extremos no planeta, que já batem em nossa porta e podem ser sentidos em Santa Catarina, estado do país mais sensível às mudanças climáticas. Ondas de calor e furações, como o Catarina, que devastou o estado em 2004, eram acontecimentos inimagináveis pelos especialistas há poucos anos. Esses acontecimentos geraram a necessidade do radar meteorológico de Lontras, no Vale do Itajaí.  Ele começou a operar oficialmente, em julho de 2014. Apesar de não cobrir todo o estado – abrange 77% do território, exceto extremo oeste – exerce importante função na previsão do tempo.

 

Hauser revela cenário do mercado de carbono e fundos verdes

Phillip Hauser, Vice Presidente de Mercado de Carbono da ENGIE Brasil, comentou sobre o financiamento climático e o mercado de carbono. Disse que o Brasil é um gerador de energia limpa com potencial de expansão, o que favorece o mercado de carbono, que hoje está desaquecido por falta de acordo nas convenções internacionais de clima e não há previsão de mudança de panorama há curto prazo. Uma das soluções, segundo Hauser, seria introduzir preço nas emissões da indústria, desde que as mesmas tenham a possibilidade de zerar ou minimizar seu impacto. Defende o conceito dos fundos verdes, que financiam projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. Empresas como a ENGIE Tractebel, que possuem uma estrutura limpa e sólida gestão ambiental, tem um custo muito alto em suas operações para bancar todos os projetos. Acredita que outros países devem colaborar com o financiamento de parte da mitigação ambiental no Brasil, junto com a iniciativa privada e o governo.

 

Debate do clima

A primeira parte evento, coberta pela Editora Expressão, foi encerrada por um debate com os palestrantes do dia, mediada pelo Gerente de Meio Ambiente da ENGIE Tractebel, José Lourival Magri. Ele abriu o debate e destacou o crescimento destacado da energia solar e eólica no Brasil. Ressaltou que os 17 itens dos ODS tem relação com energia. E alertou que para cumprir a meta de redução de 2ºC estipulada pela COP 21, os países terão que reduzir sua emissão em até 30%.

 

O evento, promovido pelo Comitê de Sustentabilidade da ENGIE Tractebel, e organização primordial de Mario Benevides e Luciane Pedro, seguiu na tarde do dia 1º e no dia 2/6 com relevantes palestras sobre o tema.

Veja programação completa do evento:
http://www.expressao.com.br/noticias/materias/31-05-16-Engie-Tractebel-recebe-seminario-de-etica-sustentabilidade-e-energia-em-Florianopolis.php


Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propostos são:

 

ODS1. Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares;
ODS2. Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar, melhorar a nutrição, e promover a agricultura sustentável;
ODS3. Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades;
ODS4. Garantir educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover oportunidades de aprendizado ao longo da vida para todos;
ODS5. Alcançar igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas;
ODS6. Garantir disponibilidade e manejo sustentável da água e saneamento para todos;
ODS7. Garantir acesso à energia barata, confiável, sustentável e moderna para todos;
ODS8. Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo, e trabalho decente para todos;
ODS9. Construir infraestrutura resiliente, promover a industrialização inclusiva e sustentável, e fomentar a inovação;
ODS10. Reduzir a desigualdade entre os países e dentro deles;
ODS11. Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis;
ODS12. Assegurar padrões de consumo e produção sustentáveis;
ODS13. Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus impactos;*
*Reconhecendo que a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (CQNUMC) é o principal fórum internacional e intergovernamental para negociar a resposta global à mudança do clima.
ODS14. Conservar e promover o uso sustentável dos oceanos, mares e recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável;
ODS15. Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater à desertificação, bem como deter e reverter a degradação do solo e a perda de biodiversidade;
ODS16. Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis;
ODS17. Fortalecer os mecanismos de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável.    

Fonte: Editora Expressão.




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